A camada de ozônio ganhou um novo aliado. Ontem, 28, foi inaugurado o Centro de Regeneração Gresocol-Bandeirantes, o quarto estabelecimento desse tipo no país e o segundo no estado de São Paulo, onde, desde 2006, opera o primeiro centro criado no Brasil. No Rio de Janeiro e em Recife a implantação aconteceu em 2008 e 2009, respectivamente.
As centrais de regeneração purificam o CFC-12 - formados por átomos de cloro, flúor e carbono - para evitar que sejam lançados na atmosfera, o que comprovadamente diminui a espessura da camada de ozônio e fortalece o aquecimento global. As centrais também estão aptas a regenerar outros fluidos refrigerantes como HCFC e HFC.
Os CFCs eram utilizados como agentes de refrigeração até 1999, quando foram proibidos. Hoje, seu uso é permitido em manutenções e reparos de ar condicionado e refrigerador, desde que o gás seja reciclado. A partir da purificação das centrais, o CFC ganha novas características, é certificado e pode ser usado novamente.
O Gresocol-Bandeirantes contará com duas máquinas com capacidade para regenerar uma tonelada de CFC por dia e oito cilindros para armazenar o gás. Os equipamentos foram comprados com recursos provenientes do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal.
A iniciativa é do Ministério do Meio Ambiente, com implementação do Pnud - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e integra o Plano Nacional para Eliminação de HCFCs, criado pelo Protocolo de Montreal, do qual o Brasil é signatário desde 1990.
De acordo com esse documento, o país deve eliminar o consumo das Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDOs), tais como os (CFCs), os Halons, o Tetracloreto de Carbono (CTC), os Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs, usados em refrigerados) e o Brometo de Metila.