O Ministério do Meio Ambiente, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) assinam, no dia 26 de março (quarta-feira), Acordo de Cooperação Técnica com vistas a reduzir a emissão de SDOs (Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio) dos aparelhos de refrigeração utilizados pelos supermercados brasileiros. Estima-se que esses equipamentos sejam responsáveis pelo lançamento de quatro mil toneladas/ano de gases CFCs (clorofluorcarbono) e HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), equivalente a cerca de 40% de toda a emissão desses gases no País. Em termos de efeito estufa, essa quantidade equivale a 7 milhões de toneladas de CO2.
O acordo prevê a difusão de informações para a conscientização dos 74 mil supermercadistas do País para os benefícios ambientais e econômicos da substituição, ou, se não for possível, da boa manutenção dos freezers, refrigeradores, balcões frigoríficos, ar-condicionados e outros aparelhos de tecnologia obsoleta, que ainda utilizam SDOs. \'É um jogo de ganha-ganha. As boas práticas de manuseio e a boa manutenção desses equipamentos, além do benefício ambiental da redução do uso de CFCs e HCFCs, reduzem o consumo de energia, um benefício econômico para os empresários\', constata o diretor do Departamento de Mudanças Climáticas, Ruy de Goes.
O diretor do MMA também destaca que o acordo prepara o setor supermercadista para o cumprimento do Protocolo de Montreal, através do qual 191 países se comprometeram a abandonar, gradativamente, a utilização de SDOs. Em obediência ao Protocolo, desde o ano passado o Brasil já não importa nem produz CFC e, a partir de 2012, restringirá também o uso do HCFC.
O acordo entre MMA, Abras e Abrava não prevê aporte de recursos, mas ação compartilhada para o levantamento e diagnóstico, planejamento estratégico, assessorias técnicas e programas educativos. A iniciativa visa aumentar a eficiência energética dos equipamentos de refrigeração das lojas, por meio da conscientização e incentivo das Boas Práticas de Uso e Manutenção e, paralelamente, obter a redução gradual da emissão dos gases de efeito estufa na atmosfera.