A camada de ozônio da Terra está sendo recuperada graças às medidas tomadas pelos 191 países signatários do Protocolo de Montreal, disse ontem (13) a EPA (Agência para a Proteção Ambiental) do governo dos Estados Unidos.
A EPA assinalou que desde 1998, devido aos esforços dos EUA e da comunidade internacional, "a camada de ozônio foi reduzida em quase todo o mundo".
O tratado, assinado inicialmente por 24 nações em 1987, estabelece a gradual eliminação do uso de produtos químicos que castigam a camada de ozônio, situada na estratosfera e que serve como um escudo contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta (UV).
O administrador da EPA, Stephen Johnson, elogiou os avanços da estratégia global para a proteção da camada de ozônio, às vésperas das celebrações dos 20 anos da assinatura do tratado multilateral, em 16 de setembro de 1987, em Montreal (Canadá).
De 16 a 21 de setembro, representantes da comunidade internacional se reunirão em Montreal para celebrar o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio e analisar os avanços neste tema.
O Protocolo de Montreal é um "brilhante exemplo de como o engenho humano, a liderança e a determinação podem criar um mundo melhor e mais saudável", enfatizou Johnson em comunicado.
Durante os anos 80, os cientistas tinham notado a redução da camada de ozônio, mas, nos últimos 20 anos, o tratado multilateral contribuiu para a busca de medidas alternativas e eficazes para resistir à destruição da camada de ozônio e melhorar a proteção do meio ambiente e a saúde humana, disse a EPA.
Os cientistas prevêem que a camada de ozônio na zona do Antártico, por exemplo, voltará aos níveis de antes de 1980 a partir de 2060.
O governo dos EstadosUnidos, por meio da EPA, aprovou mais de 300 alternativas a substâncias químicas que destroem a camada de ozônio.
O país, no entanto, tem sido duramente criticado por não assinar o Protocolo de Kyoto.