A importação da substância será proibida a partir de 1º de janeiro de 2020
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) exibiram vídeos informativos para especialistas, empresários do setor de espumas de poliuretano e visitantes na 10ª edição da FEIPLAR Composites & FEIPUR, entre 6 e 8 de novembro em São Paulo.
Os vídeos foram apresentados durante os painéis de Isolamento Térmico e de Espumas Flexíveis, no Congresso Internacional de Poliuretano e em espaços comuns da FEIPUR, com o objetivo de reforçar a divulgação do prazo de importação do HCFC-141b para a manufatura de espumas de poliuretano, a partir de 1º de janeiro de 2020, conforme consta na Instrução Normativa nº 04/2018 do IBAMA.
Os vídeos também abordaram informações sobre o apoio técnico e financeiro disponibilizado pelo Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) no processo de substituição do HCFC-141b por outras substâncias ambientalmente adequadas.
“É importante que as empresas se adequem o mais rápido possível para estarem prontas para essa nova realidade e, aderindo ao Programa, elas contam com o apoio financeiro e a assistência técnica para realizarem as adequações necessárias em seu parque fabril. Assim, estarão aptas a deixar de utilizar o HCFC-141b em seu processo produtivo, passando a utilizar substâncias que não agridam a Camada de Ozônio e que não contribuam para o Aquecimento Global”, pontuou a gerente de projetos do PNUD, Ana Paula Leal.
Além disso, para um público de cerca de 15 mil pessoas, o MMA e o PNUD disponibilizaram folders informativos em revistário na entrada da Feira. O objetivo foi reforçar as informações apresentadas pelos vídeos e possibilitar que os participantes do evento conhecessem os critérios de elegibilidade do PBH.
“A divulgação do material referente ao Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs na FEIPUR é relevante para conscientização do público-alvo e conhecimento dos projetos realizados, havendo, em consequência, o incentivo a uma maior adesão das empresas às iniciativas então propostas para o setor de espumas de PU”, ressaltou a analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Tatiana Pereira.
Para representantes do setor, a proibição dos HCFCs incentivou o mercado a desenvolver novas tecnologias, buscar sistemas alternativos mais eficientes e com base em substâncias ambientalmente adequadas.
Durante as palestras, a substituição dos HCFCs foi mencionada como um esforço global para a recuperação da camada de ozônio. Além disso, os palestrantes lembraram a Emenda de Kigali, que desde 2016 inclui os HFCs na cesta de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal. No Brasil, a Emenda de Kigali está atualmente em fase de discussão no Congresso Nacional. Após ratificada, o país terá até 2045 para reduzir o consumo da substância em 80% em relação à linha de base, que corresponderá à média do consumo de HFCs nos anos 2020-2022 somada a 65% da linha de base dos HCFCs.
Confira abaixo as fotos do evento.